Ao longo da vida, ocorrem alterações pulmonares mesmo que as pessoas não tenham asma.
As estruturas pulmonares, que nos jovens são elásticas, com o passar dos anos perdem parte dessa elasticidade. Há também modificações ósseas, ocorre um enrijecimento torácico que modifica a forma e a função do tórax.
Como resultado desses fatores ocorrem importantes alterações na mecânica respiratória. As funções pulmonares, responsáveis pela defesa, também diminuem, o que predispõe a infecções respiratórias.
Nos idosos é frequente a bronquite crônica e/ou enfisema pulmonar coexistirem com a asma. Também é comum apresentarem outras doenças (hipertensão, reumatismo, diabetes) que podem complicar a asma existente. Existem medicamentos utilizados para uma determinada doença que podem provocar uma crise de asma, como por exemplo o colírio usado para o glaucoma (contém betabloqueadores).
Assim, a falta de ar e/ou tosse, nos idosos, podem ter origem em várias doenças, sendo indispensável a avaliação por um especialista.
Frequentemente idosos fazem uso de várias medicações, o que aumenta a chance de ocorrer interação entre as drogas.
Assim, o idoso tem maior facilidade de ter crises com complicações, levando a uma maior dificuldade no tratamento.
O tratamento é igual ao de qualquer outra pessoa asmática, mas destacando-se que com os idosos deve ser o mais individualizado possível. Lembrando ainda que a prevenção continua sendo o ideal (controle ambiental, afastamento dos alérgenos, medicamentos preventivos, atividades física).
Prof. Luzimar Teixeira