Mito: A alergia é contagiosa.
Verdade: Não. As pessoas alérgicas, principalmente as que têm asma, rinite e dermatite atópica, possuem uma condição genética que determina que reajam de forma exagerada a determinados estímulos, causando os sintomas.
Mito: A asma é mais grave que a bronquite asmática e diferente da bronquite alérgica.
Verdade: Embora a asma não deixe de ser uma inflamação brônquica e, portanto, uma bronquite, a denominação correta para os episódios recorrentes de chiado, que melhoram após a utilização de broncodilatador, é a asma.
Mito: Asma começa na infância e se cura na adolescência.
Verdade: Embora uma parcela das crianças que apresenta “chiado” nos primeiros anos de vida evolua com o desaparecimento dos sintomas, isto não é verdade para todos.
Mito: Uma mulher asmática deve evitar engravidar.
Verdade: O fato de uma mulher ser asmática não é um empecilho para que fique grávida. Sabe-se que algumas mulheres, ao engravidarem, não têm o curso da doença alterado pela gestação, mantendo o padrão que sempre tiveram, antes do período de gestação. Outras pioram na gravidez, passando a ter mais crises do que antes de engravidarem. Não se pode prever, com exatidão, quem irá piorar, melhorar ou manter inalterado, mas isso não pode ser motivo para se evitar uma gravidez. Os estudos apontam que 1/3 das gestantes melhoram durante a gravidez, 1/3 permanece inalterado e 1/3 pioram durante a gestação;
Mito: Uma mulher grávida não pode usar remédios para tratar sua asma e ou rinite.
Verdade: O receio do uso de medicamentos pela gestante asmática e ou portadora de rinite não deve existir pois, em alguns casos, eles serão essenciais para permitir que a mãe respire melhor e forneça oxigênio para o feto. A falta de ar materno pode ser mais prejudicial ao bebê do que o efeito dos medicamentos usados.
Mito: A asma não é uma doença séria.
Verdade: Se assim fosse, a asma não seria uma doença às vezes mortal. Se assim fosse não precisaríamos de oxigênio para respirar.
Mito: O alérgico, principalmente o asmático, não pode praticar esportes.
Verdade: Os esportes de maneira geral, em especial os aeróbicos, estão liberados para os alérgicos.
Mito: Travesseiros e colchões “antialérgicos” (hipoalergênicos) não necessitam de capas impermeáveis.
Verdade: Todos os tipos de travesseiros e colchões devem ser revestidos com capas apropriadas (revestidas internamente com película impermeável), para evitar a proliferação de ácaros e fungos.
Mito: Natação cura alergia.
Verdade: Natação é um excelente exercício físico e sua prática traz benefícios para as pessoas alérgicas, em especial para os asmáticos. Entretanto, não “cura” a asma e em algumas condições alérgicas pode agravar o quadro, como por exemplo nas sinusites.
Mito: As “bombinhas” para tratar a asma fazem mal ao coração, podem viciar e até mesmo matar.
Verdade: Não. A asma é uma doença das vias respiratórias e, portanto, o tratamento inalatório é o ideal. Além disso, seu efeito é mais rápido, as doses necessárias para o controle dos sintomas são menores e os efeitos colaterais são mais discretos, quando comparados aos dos medicamentos usados por via oral. O fundamental é que sejam sempre utilizadas sob orientação médica, de forma correta, evitando os abusos.
Mito: Criar um tipo de ave chamada “Canção” ou “Tartaruga” cura a asma.
Verdade: Não existe nenhum embasamento cientifico em relação a esta afirmação.
Fonte: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia- ASBAI
Luzimar Teixeira